O Dia da Espiga, ou a quinta-feira da espiga é uma comemoração Católica Portuguesa celebrada no Dia da Ascensão, 39 dias após a Páscoa.
Começamos com um passeio matinal em que se colhem espigas de vários cereais, folhas e flores, para formar um ramo que se leva para casa.
Este ramo é composto por: Papoila, Espiga de Cereal, Videira, Alecrim, Malmequer e Oliveira
Espigas
As espigas devem ser sempre em número ímpar, e são a parte mais importante do ramo, podendo ser de trigo, centeio, aveia, ou qualquer outro cereal. Representam o pão, como a base do sustento da família e a fecundidade.
Papoila
A papoila com a sua cor vibrante significa neste ramo o amor e a vida.
Malmequer
O malmequer simboliza no ramo a riqueza e os bens terrenos. O branco representa a prata e ao mesmo tempo o amarelo figura o ouro.
Oliveira
A oliveira acaba por ter um duplo significado no ramo da espiga, em parte representa a paz, ao mesmo tempo a luz, sendo que esta luz pode ser interpretada no sentido divino da mesma, a sabedoria divina.
Alecrim
O alecrim com o seu cheiro forte e duradouro, e sendo uma planta que resiste a quase tudo, mostra a força e a resistência.
Videira
Por último, mas não a menos importante, temos a videira associada à alegria, também ligada ao vinho que na cultura portuguesa é tão importante.
No entanto, com a crescente migração para as grandes cidades e a industrialização, começou a ser cada vez mais complicado cumprir este preceito por si próprio, terminando assim o Feriado Nacional, em 1952.
Porém, muitos concelhos, para colmatar esse facto mantiveram-no agora como feriado municipal, como é o caso da região saloia, especialmente de Mafra visto manter o feriado.